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ERA UMA VEZ UMA CABRINHA
“Era uma vez uma cabrinha que queria ser livre. Não queria mais a servidão com a ração medida, embora deliciosa. Não quis a segurança das altas cercas e dos portões de ferro. Fugiu e foi para a montanha. Pastou alegremente até chegar a noite. Com as trevas, veio o lobo, e ela lutou com ele. E lutava ainda aos primeiros clarões da aurora. E aí o lobo foi embora, aos pulos, para a floresta. Do vale, de onde havia partido, veio o apelo:
- Volta, cabrinha branca, para o teu lugar! Os dias são lindos. Há bastante relva no cercado, para a pastagem, a água é trocada várias vezes nas vasilhas de onde bebes, enchemos com ervilha fresca e feno cheiroso o teu cocho de madeira. Vem, que o lobo te aniquila!
Era uma cabrinha muito linda, forte, de grandes chifres recurvos e queria ser livre. Ela se limitou a sacudir a cabeça e a explicar:
- Béééééé! –o que os homens não entenderam.
Na outra noite, a cabrinha lutou com o lobo. Ela era forte, já dissemos, tinha um par de chifres agudos. O lobo se foi ao amanhecer.
Embaixo, repetiram os gritos:
- Volta! O lobo te derruba! Ele te mata!
- Béééééé! – ela respondeu, agitando muitas vezes a cabeça de grandes chifres. E pastou com bom apetite, o dia todo.
Outra noite , o lobo veio. Ela lutou bravamente. Por volta da meia-noite, o lobo a devorou”.
O que pensaríeis dela, se ela preferisse a escravidão? – pergunta o autor da história.

Educação: A solução está no afeto. Gabriel Chalita

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